Em muitos casos, nossas escolhas de parceiros amorosos são profundamente influenciadas por nossos modelos parentais, projeções e fantasias inconscientes. Buscamos no outro preencher lacunas e vazios, projetando nele a expectativa de completude e continência emocional.
No entanto, à medida que a relação se desenvolve, torna-se evidente que há uma diferença entre o parceiro real e o idealizado. Essa disparidade pode desencadear uma série de conflitos e desencontros, gerando grande sofrimento para ambos os parceiros.
A relação simbiótica, marcada pela idealização do amor e pela passividade, muitas vezes resulta em dependência emocional, trazendo prejuízos tanto para o indivíduo quanto para o relacionamento em si. Essas relações tendem a ser unilaterais e desconfortáveis, gerando sentimentos de insegurança, baixa autoestima, angústia e intenso sofrimento.
Alguns casais têm dificuldade em diferenciar-se; em muitas relações, o casal não sabe onde começa um e termina o outro, como se um fosse extensão do outro. Esse fusionamento além de despersonalizante e adoecedor, fragiliza a relação e aumenta a probabilidade de dependência emocional.
A entrega desmedida ao outro pode levar à perda da individualidade, autonomia e autenticidade do sujeito. É essencial que as relações sejam equilibradas, permitindo que o indivíduo se diferencie do outro sem causar grandes prejuízos ou sofrimentos.
Buscar ajuda psicoterapêutica pode ser fundamental para estabelecer relações mais saudáveis e equilibradas. Através do autoconhecimento e do estabelecimento de limites, é possível construir caminhos para relacionamentos mais maduros e satisfatórios.
Portanto, ao reconhecer a dinâmica da dependência emocional e buscar apoio adequado, é possível desenvolver relações mais autênticas e gratificantes, promovendo o bem-estar emocional e o crescimento pessoal.