Michely Ciardulo

Insegurança e baixa autoestima

Por Psicóloga Michely Ciardulo - CRP:06/176130

“Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada” – Sigmund Freud.

A autoestima, um aspecto central em nossas vidas, é profundamente influenciada pelas interações familiares e sociais desde os primeiros anos de vida. Como destacado por Sigmund Freud, a sensação de segurança emocional proporcionada pelo amor e cuidado dos cuidadores é fundamental para o desenvolvimento da autoestima. Essa ideia ressoa com a perspectiva de Winnicott, que enfatiza a importância da dependência inicial do bebê em relação ao ambiente, especialmente à figura materna, como base para a construção da autoimagem e confiança.

No entanto, quando as experiências familiares são marcadas por rejeição, negligência ou crítica, como sugerido por Freud, podem surgir feridas na autoestima que ecoam por toda uma vida.

Além disso, a teoria do apego de Bowlby complementa essa compreensão, destacando a importância dos primeiros vínculos emocionais seguros na formação da autoestima e na capacidade de regular emoções ao longo da vida. Os relacionamentos de apego seguro proporcionam uma base sólida para o desenvolvimento emocional e social, como também observado por Winnicott.

Portanto, ao reconhecer a interconexão entre os insights de Freud, Winnicott e Bowlby, podemos compreender melhor o papel das relações familiares e do ambiente na construção da autoestima e no desenvolvimento humano como um todo. Essa perspectiva integrada nos leva a valorizar a importância das primeiras interações sociais e familiares na formação da identidade e do bem-estar do sujeito

Compreender a autoestima como uma construção social e familiar é essencial para promover um “Eu” seguro e maduro. A partir dessas interações, desenvolvemos recursos que nos capacitam a estabelecer relacionamentos saudáveis, definir limites e buscar uma vida mais prazerosa e autêntica.